terça-feira, 21 de agosto de 2012

Cobras venenosas e não venenosas

http://mundoestranho.abril.com.br/busca?qu=qual+a+cobra+mais+venenosas+do+mundo%3F



Quais as cobras mais venenosa do mundo?

http://hypescience.com/as-10-cobras-mais-venenosas-do-mundo

ATIVIDADES

 

PESQUISA FOLCLORE DA REGIÃO SUL DO BRASIL

-Recomendo clicar no endereço do vídeo e ouvir:

 


FOLCLORE DO RIO GRANDE DO SUL

Separar a turma em grupos e cada grupo faz a pesquisa de uma parte do Folclore:

Leia uma vez todo o texto e após responda as questões corretamente no teu caderno:

1) O que é folclore? (conceito)

2) O que são lendas?

3) O que são mitos?

4) Como chama-se a Lenda que é um mito popular brasileiro?

5) Qual as principais raças que contribuíram para a formação do Folclore?

¨6)  a) Faça uma listagem de brincadeiras do Folclore?
b) Escreva o nome de brinquedos do Folclore:

8) Escreva cantigas de ninar:

9) Cite o nome de danças populares:

10) Escreva o nome de Festas Populares do Sul do Brasil:

11) O que são adivinhas? Escreva no mínimo 10 adivinhas:

12) O que são Parlendas?  Escreva no mínimo 6 parlendas:

13) O que são TRAVA LÍNGUAS? Escreva 7 trava línguas:

14) O que são Provérbios? Cite 12 provérbios:

15) Escreva o nome de Lendas da Região Sul:

16) Copie uma lenda que conheces e na sala de aula ilustre ela ou faça um mural:´

17) O que conta a LENDA DO SEPÉ TIARAJU?  

18) Quando inicia a SEMANA FARROUPILHA?

19) Por que dia 20 de setembro é o DIA DO GAÚCHO?

20) Quais os pratos específicos que os gaúchos fazem nos CTGS na Semana Farroupilha?

21) Qual é o bebida preferida dos gaúchos que gostam de tomar todos os dias?

22) Escreva o nome de danças folclóricas DO RIO GRANDE DO SUL:

23) Cite o nome de danças de SALÃO DO RIO GRANDE DO SUL:

24) Cite a pilcha masculina:

25) Cite a pilcha feminina:

26) Escreva 5 superstições dos gaúchos:


27) Quais os pratos típicos do Rio Grande do Sul que foram influenciados pelos imigrantes italianos? E pelos imigrantes alemães?

28) Quais os tipos de jogos que trouxeram os alemães para o Rio Grande do Sul?
E os jogos que os imigrantes italianos trouxeram?




Recomento assistir o vídeo do Saci Pererê:

VÍDEOS DO FOLCLORE

Saci – Lobisomem

http://www.youtube.com/watch?v=BmCm2msrCYY&feature=relmfu













segunda-feira, 20 de agosto de 2012

PESQUISA FOLCLORE DO RIO GRANDO DO SUL -


Vídeo conceitua o folclore.

O que é folclore?
O folclore são mitos e lendas passadas para as pessoas ao longo dos anos.
Lendas são histórias que são contadas para diversas pessoas no boca a boca e mesclam ficção e fatos históricos.
 Mitos possuem características mais simbólicas, com o objetivo de explicar acontecimentos na natureza.
 “O único mito realmente popular, com raízes profundas na tradição gaúcha, é o do Negrinho do Pastoreio
Folclore é tudo que simboliza os hábitos do povo, que foram conservados através do tempo, como conhecimento passado de geração em geração, por meio de lendas, canções, mitos, hábitos (incluindo comidas e festas) , utensílios, brincadeiras, enfeites.
Para conhecermos a história de um povo, de um país ou de uma região do país é importante que conheçamos a sua cultura, suas tradições, ou seja o seu folclore. O folclore é também uma forma de manifestação cultural dos povos. 

Aqui no Rio Grande do Sul, o folclore, considerado como ciência do povo, termo que foi pela primeira vez empregado pelo arqueólogo inglês G. J. Thoms, originando-se de Folk, povo, e lore, ciência, em 22 de agosto de 1846,
O que mais impressiona é o amor ao torrão natal, ao pingo, à china, que o gaúcho demonstra onde quer que se encontre, e deixa extravasar através de versos e toadas nas tertúlias e fandangos galponeiros.
Também mostra sua destreza na dança da chula.
O folclore gaúcho abrange, além do lazer, os costumes, crendices populares, superstições e até práticas médicas de curandeiros, velhos pajés, parteiras de campanha, benzedeiras de cobreiros, costura de rendidura (hérnia), etc. São herança dos nativos, e povoadores açorianos e castelhanos que se mesclaram para formar a estirpe gaúcha.
Muito expressiva é a colaboração afro-brasileira para com o folclore gaúcho, representada, pelas Congadas que se realizavam próximo ao litoral.
Resta acrescentar as contribuições dos imigrantes ao folclore gaúcho e que não foram poucas. Os alemães trouxeram o Kerb, o jogo de bolão, as “bandinhas” e os italianos com as festas paroquiais nas igrejas católicas, a vindima, o jogo da móra, da bocha, e as suas maravilhosas melodias.

 
Jogos, brincadeiras e brinquedos do folclore

    Soltar pipa,
    Estilingue,
    Pega-pega,
    Esconde-esconde,
    Bola de gude,
    Boneca de pano,
    Pião,
    Amarelinha,
    Pular corda,
    Bandeirinha, peteca, carrinho de role-mão
    Ioiô
    Taco
    Cabra-cega
    Brincar de roda 
 Confecção de bilboquê.
  Cantigas de ninar:
 Boi da cara preta
 Sapo jururu
 Dorme neném

 
  Cantigas de roda:
 Atirei o pau no gato
 A canoa virou
 A linda rosa juvenil

  Danças populares
 Capoeira
 Chula
 Frevo
 Fandango

  Festas populares
 Carnaval
 Festa junina


Principais Festas da Região Sul

 
-Oktoberfest: Essa festa acontece na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, e foi inspirada na festa homônima ocorrida em Munique na Alemanha. A primeira edição aconteceu em 1984 e a festa surgiu com o intuito de divulgar as tradições alemãs no estado. Conseguiram, pois a festa é a segunda alemã do mundo. O evento ocorre em outubro, com duração de 18 dias e recebe milhares de visitantes todos os anos. Acontecem apresentações musicais, danças e desfiles.

-Festa Nacional da Uva: A primeira festa da uva aconteceu em 1931, na cidade de Caxias do Sul, no Rio grande do Sul. Por produzir a maior parte da produção de uvas do estado, a cidade resolveu fazer uma festa para celebrar a fartura e a produção de vinho.

Um fato curioso é que, durante a Segunda Guerra Mundial, a festa foi interrompida por treze anos. Atualmente, o evento conta com a apresentação de diversos carros alegóricos, concursos e comidas típicas. Ocorre também a eleição de soberanas e embaixatrizes da festa da uva.

-Marejada: A marejada é uma festa ocorrida na cidade de Itajaí, em Santa Catarina. Esse evento abriga apresentações que lembram o mar. Isso interfere na culinária, nas exposições e apresentações ocorridas durante a festa que teve sua primeira edição em 1987.
-Festival de Cinema de Gramado:
Esse festival foi criado a partir da ocorrência de uma Mostra de Cinema. A primeira edição ocorreu em 1973 e participa no incentivo ao cinema brasileiro. Os atores e produções premiados no evento recebem o Kikito de ouro, que se trata de uma estatueta que significa o deus do bom humor.
-Festa de Nossa Senhora dos Navegantes: Essa festa religiosa ocorre tem Santa Catarina todos os anos. A imagem de Nossa Senhora é levada por embarcações em uma procissão pelo mar.

O que são ADIVINHAS?
As adivinhas, também conhecidadas como advinhações ou "o que é, o que é" são perguntas em formato de charadas desafiadoras que fazem as pessoas pensar e se divertir. São criadas pelas pessoas e fazem parte da cultura popular e do folclore brasileiro. São muito comuns entre as crianças, mas também fazem sucesso entre os adultos.
Alguns exemplos de adivinhas:
- O que é que é surdo e mudo, mas conta tudo?
Resposta: o livro
- O que é o que é que sempre se quebra quando se fala?
Resposta: o segredo
- Ele é magro pra chuchu, tem entes mas nunca come e mesmo sem ter dinheiro, dá comida a quem tem fome?
Resposta: o garfo
- O que é que passa a vida na janela e mesmo dentro de casa, está fora dela?
Resposta: o botão
- O que é o que é feito para andar e não anda?
Resposta: a rua
- O que é o que é que dá muitas voltas e não sai do lugar?
Resposta: o relógio
- Qual é a piada do fotógrafo?
Resposta: ninguém sabe, pois ela ainda não foi revelada.
- O que é o que é que sobe quando a chuva desce?
Resposta: o guarda-chuva.
- Você sabe em que dia a plantinha não pode entrar no hospital?
Resposta: em dia de plantão.
- O que é o que é que que tem mais de 10 cabeças mas não sabe pensar?
Resposta: uma caixa de fósforos.
- O que é o que é que enche uma casa mas não enche uma mão?
Resposta: um botão
- Qual a única pedra que fica em cima da água?
Resposta: a pedra de gelo.
 
- O que é um monte de pontinhos coloridos no meio do mato?
Resposta: formigas treinando para o carnaval!
- O que é um pontinho verde brilhando na cama de um hospital?
Resposta: uma ervilha dando à luz
- O que a esfera disse para o cubo?
Resposta: deixa de ser quadrado.
- O que é o que é que esta sempre no meio da rua e de pernas para o ar?
Resposta: a letra U
- O que é o que é que anda com os pés na cabeça?
Resposta: o piolho
- É um pássaro brasileiro e seu nome de trás para frente é igual.
Resposta: arara.

O que são parlendas?
As parlendas são versinhos com temática infantil que são recitados em brincadeiras de crianças. Possuem uma rima fácil e, por isso, são populares entre as crianças. Muitas parlendas são usadas em jogos para melhorar o relacionamento entre os participantes ou apenas por diversão. Muitas parlendas são antigas e, algunas delas, foram criadas, há décadas. Elas fazem parte do folclore brasileiro, pois representam uma importante tradição cultural do nosso povo.

Alguns exemplos de parlendas:
Um, dois, feijão com arroz.
Três, quatro, feijão no prato.
Cinco, seis, chegou minha vez
Sete, oito, comer biscoito
Nove, dez, comer pastéis.
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Serra, serra, serrador! Serra o papo do vovô! Quantas tábuas já serrou?
Uma delas diz um número e as duas, sem soltarem as mãos, dão um giro completo com os braços, num movimento gracioso.
Repetem os giros até completar o número dito por uma das crianças.
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Um elefante amola muita gente...
Dois elefantes... amola, amola muita gente...
Três elefantes... amola, amola, amola muita gente...
Quatro elefantes amola, amola, amola, amola muito mais...
(continua...)
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– Cala a boca!
– Cala a boca já morreu
Quem manda em você sou eu!
- Enganei um bobo...
Na casca do ovo!
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Fui à feira
Encontrei uma coruja
Pisei no rabo dela
Ela me chamou de cara suja
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Uma pulga na balança
Deu um pulo
E foi a França
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Era uma bruxa
À meia-noite
Em um castelo mal-assombrado
Com uma faca na mão
Passando manteiga no pão
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Chuva e Sol,
Casamento de espanhol
Sol e chuva
Casamento de viúva
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Tá com frio?
Toma banho no rio
Tá com calor?
Toma banho de regador
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Dedo Mindinho
Seu vizinho,
Maior de todos
Fura-bolos
Cata-piolhos.
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Lá em cima do piano tem um copo de veneno
Quem bebeu morreu
O culpado não fui
EU 
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Rei, capitão,
soldado, ladrão.
moça bonita
Do meu coração


TRAVA LÍNGUA
   Trava-língua é uma espécie de jogo verbal que consiste em dizer, com clareza e rapidez, versos ou frases com grande concentração de sílabas difíceis de pronunciar, ou de sílabas formadas com os mesmos sons, mas em ordem diferente.

Abaixo 10 trava-línguas para treinar e ainda se divertir:
1º. O sabiá não sabia que o sábio sabia que o sabiá não sabia assobiar.
2º. Em um ninho de mafagafos havia sete mafagafinhos; quem amafagafar mais mafagafinhos, bom amagafanhador será.
3º. O tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu pro tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.
4º. O rato roeu a roupa do rei de Roma. Rainha raivosa rasgou o resto.
5º. Três tigres tristes para três pratos de trigo. Três pratos de trigo para três tigres tristes.
6º. O peito do pé de Pedro é preto. Quem disser que o peito do pé de Pedro é preto tem o peito do pé mais preto do que o peito do pé de Pedro.
7º. O doce perguntou pro doce qual é o doce mais doce que o doce de batata-doce. O doce respondeu pro doce que o doce mais doce que o doce de batata-doce é o doce de doce de batata-doce.
8º. Cinco bicas, cinco pipas, cinco bombas. Tira da boca da bica, bota na boca da bomba.
9º. A aranha arranha a rã. A rã arranha a aranha. Nem a aranha arranha a rã. Nem a rã arranha a aranha.
10º. A vaca malhada foi molhada por outra vaca molhada e malhada.
Provérbios 

Os provérbios são ditos populares (frases e expressões) que transmitem conhecimentos comuns sobre a vida. Muitos deles foram criados na antiguidade, porém estão relacionados a aspectos universais da vida, por isso são utilizados até os dias atuais. É muito comum ouvirmos provérbios em situações do cotidiano. Quem nunca ouviu, ao fazer algo rapidamente, que “a pressa é a inimiga da perfeição”. Os provérbios fazem sucesso, pois possuem um sentido lógico. 
Provérbios: sabedoria através de frases populares.  

Lista de provérbios populares:
· Dai a César o que de César e a Deus o que de Deus.
· Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
· Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
· A pressa é a inimiga da perfeição.
· Cavalo dado não se olha os dentes.
· A ocasião faz o ladrão.
· Quando um não quer, dois não brigam.
· Antes calar que mal falar.
· Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
· Cada cabeça, cada sentença.
· Caiu na rede é peixe.
· Casa de ferreiro, espeto de pau.
· O seguro morreu de velho.
· Cada macaco no seu galho.
· Quem tudo quer nada tem.
· Devagar se vai ao longe.
· De grão em grão a galinha enche o papo.
· Errar é humano.
· Falar é fácil, fazer é que é difícil.
· Filho de peixe, peixinho é.
· Leite de vaca não mata bezerro.
· Nada como um dia depois do outro.
· Não há rosas sem espinhos.
· Não se faz uma omelete sem quebrar os ovos.
· Nunca digas que desta água não bebereis.
· O barato sai caro.
· Onde há fumaça, há fogo.
· Pela boca morre o peixe.
· Quem ama o feio, bonito lhe parece.
· Quem espera sempre alcança.

Lendas alguns exemplos:Negrinho do Pastoreio,  São Sepé,  do Boitatá, do Boiguaçú, do Curupira, do Saci-Pererê, CASA DE MBORORÉ (Missões), CAVERÁ,  A PANELINHA,A LENDA DE ANGOÉRA,  A LENDA DA LAGOA VERMELHA.
 MULA – SEM – CABEÇA
CONTA A LENDA QUE ÀS SEXTAS-FEIRAS,
TODAS AS MULHERES MÁS SE
TRANSFORMAM NESSE ANIMAL SEM
CABEÇA. GALOPA PELA NOITE
RELINCHANDO E ASSUSTANDO QUEM
ENCONTRA PELO CAMINHO.
IARA
IARA OU MÃE D’ÁGUA É UM SER METADE
PEIXE, METADE MULHER E DE UMA BELEZA
SEM IGUAL. ELA MORA NOS LAGOS RIOS E
IGARAPÉS. QUEM A VÊ FICA ENCANTADO
PELA MAGIA DE SUA BELEZA. COM ISSO ELA
ATRAI OS ENAMORADOS PARA O FUNDO DAS
ÁGUAS.
BICHO –
BICHO – PAPÃO
BICHO – PAPÃO OU BICHO – TUTÚ, TUTÚ
ZAMBETA, TUTÚ DO MATO OU AINDA
TUTÚ MARAMBÁ É O ASSOMBRADOR DE
CRIANÇAS. APARECE NAS CANÇÕES DE
NINAR. A CRIANÇA OUVE A CANTIGA,
FECHA OS OLHOS DE MEDO E DORME
LOBISOMEM
NORMALMENTE É UM HOMEM PÁLIDO, COM
POUCO SANGUE. DIZ A VELHA LENDA QUE É O
FILHO QUE NASCE DEPOIS DE SETE FILHAS.
EM NOITE DE LUA CHEIA VIRA UM BICHO
COM ORELHAS GRANDES E PÊLOS POR TODO
O CORPO, UNHAS COMPRIDAS E CARA DE
CACHORRO. UIVA PARA A LUA E APARECE NAS
ENCRUZILHADAS PARA ASSUSTAR O POVO.


CURUPIRA
PROTEGE AS MATAS E OS ANIMAIS.
APARECE COMO UM ANÃO VERDE DE
CABELO COR DE FOGO E PÉS VIRADOS
PARA TRÁS. 
SACI – PERERÊ
PRETINHO FEITO CARVÃO, PULA NUMA
PERNA SÓ E FUMA SEU CACHIMBO. É
MUITO LEVADO E GOSTA DE ASSUSTAR
QUEM PASSA NA SUA FRENTE. SEU MAIOR
MEDO É FICAR PRESO NUMA GARRAFA.
BOITATÁ
COBRA 
BOITATÁ
COBRA GIGANTESCA QUE HABITA OS
RIOS AMAZÔNICOS. SOLTA FOGO PELOS
OLHOS E ENGOLE PESSOAS FACILMENTE
HOMEM DO SACO
SÃO HOMENS QUE ANDAM PELAS RUAS E
ESTRADAS COM UM SACO GRANDE
PENDURADO NAS COSTAS. COLOCAM AS
CRIANÇAS MAL COMPORTADAS LÁ
DENTRO E VÃO EMBORA.

SÃO SEPÉ
Sepé era um índio valente e bom, que lutou contra os estrangeiros para defender a terra das missões. Ele era predestinado por Deus e São Miguel: tinha nascido com um lunar na testa. Nas noites escuras ou em pleno combate, o lunar de Sepé brilhava, guiando seus soldados missioneiros. Quando ele morreu, vencido pelas armas e o número de portugueses e espanhóis, Deus retirou de sua testa o lunar, que colocou no céu do pampa para ser o guia de todos os gaúchos – é o Cruzeiro do Sul.


CASA DE MBORORÉ (Missões)
No tempo dos Sete Povos das Missões, havia um índio velho muito fiel aos padres jesuítas, chamado MBororé. Com a chegada dos invasores portugueses e espanhóis, os padres precisaram fugir levando em carretas os tesouros e bens que pudessem carregar. Assim, amontoaram o muito que não podiam levar consigo – ouro, prata, alfaias, jóias, tudo!- e construíram ao redor uma casa branca, sem porta e sem janela. Para evitar a descoberta da casa pelo inimigo e o conseqüente saqueio, deixaram o velho índio fiel MBororé cuidando, com ordens severas de só entregar o tesouro quando os jesuítas voltassem às Missões.
Mas os jesuítas nunca mais voltaram. Com o passar dos anos, o velho índio morreu e o tempo foi marcando tudo, deixando as ruínas de pé como as cicatrizes de um sonho que acabou. Acabou? Não. A Casa de MBororé continua lá num mato das Missões, imaculadamente branca, cuidada pela alma do índio fiel que ainda espera a volta dos jesuítas.
Às vezes, algum mateiro –lenhador ou caçador- dá com ela, de repente, num campestre qualquer. Imediatamente dá-se conta de que é a Casa de MBororé, cheia de tesouros. Resolve então marcar bem o local para voltar com ferramentas e abrir a força a casa que não tem porta nem janela. Guarda bem o lugar na memória pelas árvores tais e tais, pela direção do sol e coisas assim. Sai, volta com ferramentas, só que nunca mais acha de novo a Casa Branca de MBororé, sem porta e sem janela.

Pratos específicos da Semana Farroupilha:  churrasco, arroz-de-carreteiro, feijoada, fervido.
 
 
 
Rio Grande do Sul- os principais pratos

Os principais pratos típicos do Rio Grande do Sul foram influenciados pelos italianos e alemães. Os principais são: polenta, galeto, carnes defumadas, linguiças, pães, bolos, dentre outros. Entretanto, o prato mais conhecido é o famoso churrasco gaúcho que é feito com detalhes que acrescentam na cultura gaúcha. A culinária gaúcha sofreu influências de espanhóis, portugueses e índios.
Outro prato característico do estado é o arroz carreteiro, feito com carne de charque e começou a ser consumido nas carreatas feitas pelos gaúchos pelos pampas a fim de conhecer partes do Rio Grande do Sul ainda sem habitantes. Apesar das carreatas não ocorrerem mais, o prato ainda é muito consumido na região e no país.




Chimarrão: Um dos símbolos dos gaúchos, o chimarrão é consumido pelas pessoas diariamente em diversos lugares. É o chá da ervas mate quente que é colocado na cuia. Ela é dividida entre amigos e familiares. O consumo dessa erva começou na cidade de Assunción del Paraguay. Soldados espanhóis bebiam muito e perceberam que ao tomar o chá de ervas consumido pelos índios da tribo guarani, eles conseguiam diminuir os efeitos da ressaca. Enquanto no Brasil a erva é socada, no Uruguai e na Argentina ela é triturada. Possui significados como reconciliação e hospitalidade.

Pratos fazem parte do folclore do Rio Grande do Sul
-Quibebe (pirão de abóbora);
-Rabada (rabo de boi temperado com tomates, pimentão, suco de limão e vinagre);
-Puchero (sopa com vegetais e carnes bovinas ou linguiça);
-Churrasco.


Danças folclóricas são da Região Sul: Pezinho; Balaio; Chula; Xote; Boilaneira; Canaverde; Anu; Maçanico; Tatu com Volta Romeiro; Tirana do Lenço; Rancheira de Carreinha e a Chimarrita.
 
Danças de Salão da Região Sul são: Valsa;  Chula;  Vaneira;  Vaneirão; Xote; Milonga; Bugio; Rancheira, Chimarrita e Chamamé.

. No Paraná e em Santa Catarina, pode-se conferir a Balainha, que é feita com pares de dançarinos que utilizam um arco com flores. Outra dança bastante conhecida na região é o fandango, que possui muitos passos variados e que é acompanhada por instrumentos como a gaita e o violão.
SANTA CATARINA- Em Santa Catarina, as mais comuns são a Dança do Vilão e a Boi de Mamão.

Quando iniciou a Semana Farroupilha?
No dia 11 de dezembro de 1964, através da Lei 4.850, a Assembléia Estadual do Estado do Rio Grande do Sul, oficializou a ronda gaúcha, com o nome de Semana Farroupilha.


Qual o período que se comenora a SEMANA FARROUPILHA?
 O período de comemoração passou a ser de uma semana, do dia 14 à 20 de setembro

Por que o dia 20 de setembro foi oficializado o dia do gaúcho?
São homenageados os heróis da Revolução Farroupilha.
Na Semana Farroupilha é intensa a programação dos CTG’s no Brasil e em outros países. No dia 14 de Setembro a chama crioula chega na maioria dos 2500 CTG’s espalhados por todo o Brasil
Durante a Semana Farroupilha são realizados estudos, palestras, atividades campeiras, culturais e também grandes bailes gauchescos.
Pratos específicos da Semana Farroupilha:  churrasco, arroz-de-carreteiro, feijoada, fervido.

OS COSTUMES DO GAÚCHO

Gaúcho, forte e ágil, sua arma é o laço, que atado a cincha do lombilho, o braço campeiro, boleia e arremessa com vigor o seu potente laço. Simples e ingênuo, desfaz as sugestões de desprezo, porque a liberdade é a mais alta afirmativa da natureza humana".
Os hábitos do gaúcho são em geral ligados à vida no campo.
Fazer do cavalo um companheiro – o gaúcho procura nunca se separar do cavalo, animal introduzido, no nosso rincão gaúcho, através das Missões, pelos padres jesuítas. O cavalo é chamado pelo gaúcho de pingo.
Seu alimento predileto é o churrasco e o arroz de carreteiro.
Sua bebida preferida é o chimarrão.
 

 
INDUMENTÁRIA GAÚCHA
Pilcha masculina
  • Bombacha
    • Calça de origem turca, usada pelos pobres na Guerra do Paraguai. São largas na Fronteira, médias no Planalto e estreitas na Serra, quase sempre com "favos de mel". Necessariamente de cós largo, sem alças para a cinta e com dois bolsos grandes nas laterais. Em ocasiões festivas tem cores claras, sóbrias e escuras para viagens ou trabalho.
  • Camisa
    • Cores sóbrias ou claras, com padrão liso ou riscado discreto com gola esporte ou social. Mangas curtas para ocasiões informais ou de lazer e longas para eventos sociais-formais. 
  • Lenço
    • Atado ao pescoço, de uma ou duas cores ou xadrez miúdo e mesclado. Na cor vermelha, branca, azul, amarelo, encarnado, preto (para luto) e bege. Xadrez de branco e preto é para luto aliviado.
  • Pala
    • Diferentemente do poncho, cuja origem é gauchesca e que serve para proteger apenas do frio e da chuva, o pala tem origem indígena e serve para proteger contra o frio, sendo de lã ou algodão, e de seda para proteger contra o calor.
  • Bota
    • O uso de botas brancas é vedado.
  • Guaiaca (espécie de cinto)
    • Para guardar moedas, palhas e fumo, cédulas, relógio e até pistola.
  • Esporas
    • "Chilenas" ou "nazarenas" de prata ou de outro metal. 
  • Tirador
    • Para lida campeira, sem enfeites.
  • Colete
  • Chapéu e barbicacho
    • Usados como proteção contra o sol. Não é recomendado o uso do chapéu em lugares fechados, como no interior de um galpao.
  • Paletó
  • Faixa
    • Tira de pano, preferencialmente de lã, usada na cintura com o propósito de prender a bombacha.
  • Faca
  • Pilcha feminina

Procura não contrastar com o recato da mulher gaúcha, havendo recomendações quanto a mangas, decotes, golas, cabelos, maquiagens, etc.
  • Vestido
    • Vestido, saia e casaquinho, de uma ou duas peças, com a barra da saia no peito do pé. Pode ser godê, meio-godê, em panos, em babados, ou evasês. 
  • Saia de armação
    • Discreta e leve, na cor branca, diferentemente da indumentária típica baiana.
  • Bombachinha
    • Ciroulas na cor branca, de comprimento até os joelhos. Pode ser rendada ou não.
  • Meias
    • As meias devem ser longas, brancas ou beges, para moças e senhoras, admitindo-se as coloridas discretas para as gurias (mirins). As mais maduras podem usar meias de tonalidades escuras.
  • Sapatos
    • Os sapatos (pretos, brancos ou beges) podem ter salto 5 ou meio salto com tira sobre o peito do pé, que abotoe do lado de fora, para moças e senhoras. As gurias (mirins) usarão sapatos com tira sobre o pé, tipo sapatilha. Também podem ser usadas botinhas fechadas atendendo às respectivas descrições.
  • Acessórios
    • Permitidos - Fichu de seda com franjas ou de crochê, preso com broche ou camafeu, chale (especialmente para as senhoras), brincos discretos, anéis (um ou dois), camafeu ou broche, capa de lã ou seda, leque, faixa de prenda ou crachá, chapéu (em ambientes abertos).
    • Não permitidos - Brincos de plástico ou similar colorido, relógios e pulseiras, luvas ou meia-luvas e colares. Sombras, batons ou unhas coloridas em excesso, sapatilhas amarradas nas pernas, saias de armação com estruturas rígidas.
  • Cabelo
    • O cabelo é preso pela medade, para as guriazinhas (mirim), e para senhoras e moças é feito um coque, mas sempre com uma "presilha".
A partir de 1870 até os tempos de hoje, a prenda usa vestido de chita sem muitos babados, meia branca, sapatilhas pretas sem salto alto, bombachinha, flor ou fita no cabelo e sem muitas jóias e maquiagem. A prenda conserva a simplicidade da mulher gaúcha, sem afetar a beleza de um ser de padrões morais superiores.
 Festa tradicionais: Carnaval; Festas juninas; Rodeios.
Superstições e Crendices
É o medo do desconhecido aliado à insegurança da vida que geram nos homens crenças supersticiosas.
As superstições têm origem no início da civilização humana e com ela deverão morrer. Fazem parte da própria essência intelectual humana e não há momento na história do mundo em que elas não estejam presentes.
Fazem parte de muitos atos da vida do homem, seja do mais rude ao mais instruído, o cientista, o escritor, o artista.
São sempre de caráter defensivo, respeitada para evitar um mal ou algo não desejado.
Os amuletos, transformados em adornos e jóias são sinais exteriores das superstições. São objetos de defesa, ao qual se atribui a virtude de afastar malefícios e trazer boa sorte, como a figa, um ramo de arruda, olho, búzio, trevo. O talismã tem a mesma finalidade do amuleto, mas é feito especialmente para determinada pessoa, e só a ela irá defender.
Para a "defesa", pessoal ou da residência, existem os banhos com ervas e rituais que "limpam" o ambiente.
Superstição é também acreditar na existência real dos mitos folclóricos, como o saci, a mula-sem-cabeça, o lobisomem, bruxas e em feitiços jogadosmau-olhado ou olho gordo.
crendices que não implicam em medo ou defesa de algum mal, como por exemplo: as sortes tiradas nas festas do ciclo junino, a ingestão de certos alimentos na ceia de Ano Novo, a criança jogar o dente de leite no telhado para obter dentes fortes.
As superstições ligadas à gravidez e ao parto são muito antigas e têm uma grande importância na vida dos povos. Os filipinos acreditam num espírito maligno que perturba o parto, tornando-o penoso. Os húngaros costumavam atirar por sobre a cabeça da parturiente para afastar os maus espíritos. Em algumas tribos africanas havia a crença que a mulher grávida não devia acompanhar enterro porque a alma do morto poderia encarnar no bebê. Entre os índios da Amazônia, as mulheres, principalmente quando estão grávidas, não devem assistir ao preparo do curare (veneno), não podem pegar na caça e nas armas. Não podem comer paca, pois do contrário não conseguiriam dormir.

 
Há uma quantidade enorme de superstições conhecidas, passadas de pai para filho e presentes no cotidiano de muitas pessoas: 
. uma tesoura não deve ficar aberta por muito tempo. Dá azar;
. o gafanhoto verde dá sorte. A sua aparição é sinal de esperança;
. ao acompanhar um enterro não se deve entrar no cemitério antes do caixão;
. pisar em rabo de gato atrai malefícios;
. não se deve passar debaixo de escadas ou quebrar espelho. Dá azar;
. chinelos emborcados atraem desgraças;
. colocar a vassoura atrás da porta expulsa visitantes da casa;
. criança que ao nascer traz a mão fechada será sovina quando crescer;
. criança que brinca com fogo à noite faz xixi na cama;
. quando uma criança sonha que está caindo num poço é sinal de que está crescendo;
. coceira na palma da mão não é boa coisa;
. deixar mala aberta é de mau agouro, pois se assemelha a um caixão mortuário.
 


Há também aquelas pessoas supersticiosas que usam o mesmo tipo de roupa, por exemplo, quando o seu time de futebol vai fazer uma partida importante, para não dar azar. Isso é muito comum na época da Copa do Mundo de Futebol, tanto entre torcedores.
Amuletos e objetos da sorte (ou do azar)
Muitas superstições e crendices relacionam-se com a sorte ou o azar. No Brasil, particularmente, os sentidos mágicos e sobrenaturais presentes em nossa cultura popular nasceram da união de nossas sementes indígenas, africanas e europeias. Algumas superstições baseiam-se em objetos que se deve ter (amuletos) ou que se deve evitar (gatos pretos que atravessam o nosso caminho); outras consistem em rituais (simpatias) a serem executados.

- Gato preto
A ideia de que encontrar gatos pretos, pelo caminho, dá azar veio da Idade Média. Acreditava-se que os felinos, devido aos seus hábitos noturnos, tinham relação com o demônio. E se fossem pretos (cor associada à trevas), pior ainda. Acreditava-se que eles se transformavam em bruxas. Num tempo em que imperava o medo das forças malignas e os direitos dos animais era algo impensável, muitos pobres bichanos eram massacrados sem dó. Até o próprio Papa Inocêncio VIII (1432-1492) chegou a incluir os gatos na lista de perseguidos pela Inquisição. É possível que essa “fixação” que a Inquisição teve pelos gatos tenha relação com o fato dos gatos serem símbolos importantes na crença pagã, e que por essa razão deviam ser combatidos. Os egípcios, por exemplo, consideravam os gatos como divindades.   

- Ferradura
Alguns acreditam que o seu uso como amuleto era comum na Grécia antiga. O ferro, material de que é feita, significava a proteção contra o mal. O seu formato de lua crescente, simboliza a fertilidade e a prosperidade. Para os cristãos europeus, quem primeiro fez uso da ferradura como amuleto foi São Dunstan de Canterbury (924-988 d.C.), monge e arcebispo inglês, que tinha um grande conhecimento da metalurgia (alguns diziam que era ferreiro de mão cheia). A lenda diz que São Dunstan teria colocado ferraduras no próprio Diabo, que prometeu nunca mais se aproximar de lugares que ostentas sem uma ferradura. Como toda lenda tem seu outro lado, Câmara Cascudo conta em seu livro Superstições no Brasil que, na verdade, o santo foi um fidalgo criado na corte e, sendo assim, nunca havia pego num martelo “durante sua santa vida”. O Brasil “importou” a crença da ferradura como modo de afugentar o mau-olhado e atrair felicidade por volta da segunda metado do século 19.

- Figa
Na Grécia antiga e em Roma, ter uma figa como amuleto era comum, principalmente para mulheres, pois era considerada símbolo de fertilidade. O polegar entre os dedos representaria o órgão masculino penetrando no feminino. No início do cristianismo, acreditava-se que colocar o polegar sob os outros dedos ou fazer figa afastava fantasmas e maus espíritos. Com o tempo, a figa, que foi trazida ao Brasil pelos europeus, passou a ser utilizada para proteção contra mau-olhado e influências negativas.

- Jóias e brilhantes
As jóias nem sempre foram apenas adornos e símbolos de beleza, riqueza ou poder. Seu uso inicial tem relação com as forças místicas. As regiões do corpo onde a pele é mais fina - tais como pulsos, orelhas, pescoço, entre os dedos, tornozelos, testa e têmporas - eram considerados pontos sensíveis pois constituíam aberturas do corpo para inimigos invisíveis. Era preciso proteger esses pontos, daí o uso de pulseiras, brincos, colares, anéis, tornozeleiras, diademas e enfeites para a cabeça e cabelos. Câmara Cascudo explica: “Por isso é que as jóias foram inventadas, ocultando no exterior ornamental a intenção secreta da custódia mágica”.
Plantas da sorte
A relação entre magia e natureza sempre esteve presente desde os primórdios da humanidade. O uso de plantas como amuleto para obter sorte e afastar o azar é uma prática que ainda resiste ao tempo. Algumas das mais conhecidas são:

- Arruda
Ela já era uma aliada dos antigos gregos para combater as forças do mal. Na Idade Média, era usada para combater bruxas e outros males. Colocar um raminho atrás da orelha é uma prática bastante popular.

- Espada de São Jorge
Originária do Congo, ela protege contra inveja e maus fluídos. Sua forma é logo associada a uma espada que corta as energias negativas.

- Trevo de quatro folhas
Quando encontramos um é sinal de boa sorte. E isso é quase uma loteria, pois os de três folhas são muito mais comuns. Geralmente, as pessoas colocam um trevo dentro dar carteira para chamar a sorte.

Gestos e rituais
- Bater na madeira
Originalmente, batia-se em um tronco de árvore. Os povos antigos acreditavam que, como caíam muitos raios sobre elas, isso era um sinal que os deuses moravam nas plantas. Assim, toda vez que se sentiam culpados por alguma coisa, batiam no tronco com os nós dos dedos para chamar as divindades e pedir perdão.

- Cruzar os dedos
É costume cruzar os dedos ao fazer um pedido, contar uma mentira ou diante de algum perigo. O gesto, que evoca uma cruz, afasta a má sorte e as influências maléficas.

- Vestir-se de preto nos funerais
Estudos antropológicos indicam que a provável origem dessa tradição estava no medo dos vivos de serem possuídos pelos espíritos dos mortos. Assim, nos ritos funerários os homens primitivos pintavam seus corpos de negro para se camuflar e impedir que a alma do falecido entrasse em seu corpo.

- Dizer “saúde” quando alguém espirra
Você já se perguntou o porquê de falarmos “saúde” para quem espirra e não falarmos para quem tosse? Acredita-se que o costume tenha se originado da crença ancestral de que, no ato de espirrar, a alma pudesse escapar através do nariz. Outra diz quase o contrário: o demônio poderia encontrar uma brecha no espirro e entrar no corpo da pessoa. Há ainda uma outra concepção que dizia que, no momento do espirro, o coração parava e a palavra “saúde” restabelecia a vida à pessoa.
Todos os povos tem uma palavra ou frase específica para dizer nessa hora: os antigos romanos diziam “que Júpiter cuide de você”; os alemães dizem “gesundheit” (literalmente “saúde”); nos países árabes se diz "Alhamdulillah" (“louvado seja Deus”); os hindus dizem “viva!” ou “viva bem!”; os russos dizem “bud zdorov” (“seja saudável”), acrescido de “rosti bolshoi” (“cresça forte”), caso o “espirrador” seja criança. Na China também há uma frase específica para as crianças: “bai sui” (“que você viva 100 anos”).

- 7 anos de azar por quebrar um espelho
Um espelho guarda uma grande conexão com a alma. Por isso, se um espelho é quebrado, a alma também é espatifada junto. Os 7 anos referem-se ao tempo em que a alma regenera-se. Aliás, os vampiros não são refletidos pelos espelhos porque não têm alma. O espelho sempre foi alvo de fascinação, lendas e superstições. Bebês não podem se ver no espelho até completarem um ano de idade, pois correm o perigo de ficarem gagos. E se uma mulher que dá à luz e olha no espelho muito rápido, logo verá rostos fantasmagóricos. 


Expressões populares
Há aquelas frases e expressões antiiiigas, “do tempo do onça”, que, por mais que passem as gerações, sempre são usadas em diversas situações. Elas têm o seu sentido garantido e intacto, mas suas origens são tão distantes que nem sabemos direito de onde elas surgiram.

- Do tempo da onça
A expressão é associada ao Sargento-Mor José Correia da Silva, chefe do policiamento militar no Recife (de 1787-1811), cujo apelido era Onça, por causa de sua coragem e comportamento violento. O apelido e a expressão também são associados ao governador do Rio de Janeiro Luís Vahia Monteiro, no período de 1725 a 1732. Este teria escrito ao rei D. João VI “Nesta terra todos roubam. Só eu não roubo”. A frase é usada quando nos referimos a um tempo ou práticas antigas e datadas.

- Andar à toa
Quer dizer andar sem destino, sem propósito, a esmo. Isso todo mundo sabe... Mas e a palavra “toa”? O que é isso? Toa é o cabo de reboque de embarcação. Um barco à toa não tem leme nem rumo, ambos determinados pela corda que a prende ao navio condutor.

- Outros quinhentos
“Ah, isso já são outros quinhentos...” Essa frase é tão comum que parece uma gíria atual, mas sua origem conta mais de 500 anos... No século 13, na Península Ibérica, os fidalgos da elite que tivessem sofrido alguma injúria poderiam exigir a reparação do agressor em 500 soldos. Quem não pertencesse a essa hierarquia, deveria pedir apenas 300 soldos. Se houvesse uma nova agressão ou insulto verbal, uma nova multa deveriar ser cobrada. Ou seja: outros quinhentos. O sentido dado é algo como “uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa”.

- Pentear macacos
“Vá pentear macacos!”. É o que se diz para alguém que está incomodando; como se fosse “vá chatear outra pessoa”. Trata-se da adaptação brasileira de um provérbio português que diz “mal grado haja a quem asno penteia”, cujo primeiro registro data de 1651. Nessa época, pentear ou escovar animais de carga, como burros e jumentos, não era uma tarefa bem vista, já que esse tipo de animal não precisava estar lustroso nem penteado para executar sua tarefa.

- Casa da Mãe Joana
Joana (1326-1382) era rainha de Nápoles e condessa da Provença. Acusada de estar envolvida numa conspiração de assassinato de seu próprio marido Andrew, ela fugiu para Avignon (França). Lá, “colocou as manguinhas de fora” e resolveu mandar na cidade. Uma de suas ações foi regulamentar os bordéis, que ficaram conhecidos como “paços da Mãe Joana”. Aqui no Brasil, a expressão utilizada foi “casa da Mãe Joana”, ou seja: um lugar sem regras, desorganizado, onde todos têm liberdade para tudo.

- Santo do pau oco
Pessoa que se faz de boazinha, mas no fundo não é nada boazinha. Nos séculos 18 e 19 os contrabandistas recheavam estátuas ocas de santos com ouro em pó, moedas e pedras preciosas. Os inofensivos esconderijos eram enviados para Portugal.

- Sem eira nem beira
O indivíduo “sem eira nem beira”, é um pobretão sem posse nenhuma. Para começo de conversa: a eira é um terreno onde secam grãos ao ar livre; a beira é a beirada da eira que impede que o vento leve os grãos. No Nordeste brasileiro, a explicação é um tanto diferente. Antigamente, as casas dos ricos tinham um telhado triplo, composto de eira, beira e tribeira. Os pobres, sem condições de construírem tal estrutura, apenas faziam a tribeira, ficando “sem eira nem beira”.

- Dourar a pílula
Melhorar a aparência de algo. Usar de sutil tática para destacar os aspectos positivos de algo desfavorável. A expressão veio do costume das antigas farmácias de embrulhar pílulas em papéis requintados, a fim de tirar a atenção do gosto amargo que o cliente iria sentir depois.

- Rabo entre as pernas
O sujeito que sai de um lugar com o rabo entre as pernas sai humilhado, de forma covarde. Aliás, a palavra covarde tem relação com o francês “coue” (atualmente “queue”), que quer dizer cauda, rabo ou rabudo. Resgata a imagem dos animais que baixam a cauda quando fogem.

- Arco da velha
Coisas do arco da velha são coisas inimagináveis, que “até Deus duvida”. Arco da velha é arco-íris em Portugal, fonte de muitas superstições. Inclusive, quem passa por debaixo do arco-íris muda até de sexo. O “velha” relaciona-se com as forças contrárias à normalidade vital.

- Maria vai com as outras
Nome dado a pessoas que costumam mudar de opinião muito facilmente, conforme a opinião da maioria ou a conveniência. Câmara Cascudo explica a sua origem: “ Refere-se à sequência das 150 ave-marias no rosário, cada qual separada por um dos quinze padre-nossos. A uma Maria, seguem-se as demais.
Há uma outra história para explicar a origem desta expressão. Ela faz referência à Dona Maria I, rainha de Portugal no final do século 18. Conhecida como “A Piedosa”, por sua extrema devoção religiosa, e também com “A Louca”, por ter sido acometida por uma doença mental. Em razão da sua condição, vivia reclusa e só saía acompanhada de suas damas (“as outras” da frase).

- Virar a casaca
Denomina o indivíduo que muda drasticamente de convicção. Como, por exemplo, o torcedor apaixonado de um time que, de repente, passa a torcer para outro. Mais uma vez, Câmara Cascudo elucida a frase: “Contam que Carlos Emanuel III de Savóia, (1701 - 1773), defendendo seu ameaçado patrimônio territorial, aliava-se aos franceses ou aos espanhóis, conforme a utilidade, usando alternadamente as cores nacionais desses países em sua casaca de gala”.

- Que atire a primeira pedra
Essa expressão vem de uma passagem da vida de Jesus, registrada no evangelho segundo S. João, em que os doutores da lei e os fariseus (grupo de líderes entre os judeus) trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério. Na época, o adultério era considerado crime e a sua pena era a morte por apedrejamento. Perguntaram a Jesus o que ele achava da situação, visto que a lei de Moisés recomendava a morte para esses casos. Sua resposta foi: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire pedra”. Depois disso, ninguém se atreveu a falar nada e foram se retirando aos poucos. À mulher, Jesus disse “ Também eu não te condeno. Vai e, de agora em diante, não tornes a pecar”.

- Dois bicudos não se beijam
Antigamente, no Nordeste brasileiro, bicudo era o valentão que carregava a sua inseparável bicuda, punhal ou faca afiada e longa. Dificilmente, dois valentões com bicudas iriam se dar bem por aí e, ainda mais, se beijar...
Crédito: Jorge06, imagem no Flickr - licença CC-2.0

Expressões que você achava que conhecia
Todos devem conhecer a brincadeira do telefone sem fio, onde a primeira segreda no ouvido da outra uma frase qualquer. Daí essa vai fazer a mesma coisa com a seguinte e assim por diante. A graça é quando a última pessoa revela o que lhe foi passado ou o que ela entendeu. O resultado é sempre diferente da frase inicial e, muitas vezes, não faz sentido algum.
Muitos ditos populares ou provérbios sofreram do mesmo processo. As expressões que conhecemos parecem tão “normais” que nem desconfiamos que a forma original era um tanto quanto diferente...

Quem tem boca vai a Roma
Dá a entender que o sujeito que se comunica se vira bem em qualquer lugar, até em Roma.
A frase original: “Quem tem boca vaia Roma”, do verbo vaiar mesmo.

Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão
O versinho, que aprendemos quando crianças, evoca uma imagem bonitinha de uma batatinha quase se esborrachando no chão.
A frase original: “Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão”. A rama é o conjunto de ramos de uma planta.

Cor de burro quando foge
Geralmente usamos a expressão para indicar uma cor indefinida, às vezes esdrúxula.
A frase original: “Corro de burro quando foge”. O que, pensando bem, faz muito mais sentido, visto que os burros quando fogem apresentam a mesma cor de quando estão parados...

Cuspido e escarrado
“O seu filho é você, cuspido e escarrado”. A expressão, um tanto quanto escatológica, é usada quando queremos dizer que alguém é muito parecido com outra pessoa.
A frase original: “Esculpido em carrara” (tipo de mármore da região italiana de Carrara). O significado revela que alguém parece tanto outra pessoa, que parece ter sido esculpida em mármore carrara. Pouco acostumada a esta palavra, a população associou-a à “escarrada”, enquanto o “esculpida” virou “cuspida”, o que parecia combinar bastante.

Quer saber mais?
Quer saber mais sobre outras superstições e ditos populares? Você pode encontrar em algumas das fontes pesquisadas para este especial.
Livros de Câmara Cascudo (consultados para fazer esse especial):
- CASCUDO, Luis da Câmara. Superstições no Brasil. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, 1985.
- CASCUDO, Luis da Câmara. Locuções tradicionais no Brasil. São Paulo: Global, 2004.

ORAÇÃO DO GAÚCHO

D. Luiz Felipe de Nadal, bispo de Uruguaiana

"Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e com licença do Patrão Celestial. Vou chegando, enquanto cevo o amargo de minhas confidências, porque ao romper da madrugada e ao descambar do sol, preciso camperear por outras invernadas e repontar do Céu, a força e a coragem para o entrevero do dia que passa.
Eu bem sei que qualquer guasca, bem pilchado, de faca, rebenque e esporas, não se afirma nos arreios da vida, se não se estriba na proteção do Céu. Ouve, Patrão Celeste, a oração que te faço ao romper da madrugada e ao descambar do Sol: "Tomara que todo o mundo seja como irmão ! Ajuda-me a perdoar as afrontar e não fazer aos outros o que não quero para mim".
Perdoa-me, Senhor, porque rengueando pelas canhadas da fraqueza humana, de quando em vez, quase sem querer, eu me solto porteira a fora... Êta potrilho chucro, renegado e caborteiro... mas eu te garanto, meu Senhor, quero ser bom e direito ! Ajuda-me, Virgem Maria, Primeira Prenda do Céu. Socorre-me, São Pedro, Capataz da Estância Gaúcha. Pra fim de conversa, vou dizer meu Deus, mas somente para ti, que tua vontade leva a minha de cabresto pra todo o sempre e até a querência do Céu.
Amém.
 

VÍDEOS DO FOLCLORE: 
Saci – Lobisomem
http://www.youtube.com/watch?v=BmCm2msrCYY&feature=relmfu

Fonte Folclore vídeo

Vídeos mostram os personagensdas lendas do folclore:


Personagens do Folclore Brasileiro .


FONTE:
Raízes Históricas, adaptado do texto de Rosane Volpatto